sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pequenos cuidados no combate a Anemia.

A anemia por carência de ferro é o distúrbio nutricional mais prevalente no mundo. As crianças estão especialmente em risco pelas necessidades aumentadas de ferro para seu crescimento. Os fatores que podem agravar esse risco são:

- Prematuridade:
O bebê nasce antes do tempo adequado, com um “estoque” de ferro menor.
- Atraso na introdução dos alimentos após os 6 meses de idade:
A partir dessa idade o aleitamento materno exclusivo é insuficiente para suprir todas as necessidades do bebê.
- Introdução precoce do leite de vaca:
O ferro presente no leite materno é melhor absorvido pelo bebê do que o ferro presente no leite de vaca.
- Excesso de leite na alimentação e chás, principalmente no segundo ano de vida:
O excesso destes diminuem o apetite quando oferecido próximo do horário do almoço e jantar, além de diminuir a capacidade de absorver o ferro da refeição se ingeridos junto com ela.
 
 
Então o que podemos fazer no dia a dia?
- Incentivar o aleitamento materno.
- Introduzir os alimentos recomendados pelo pediatra após o sexto mês de vida.
- Não oferecer chás ou leite junto das refeições (almoço ou jantar) ou próximo ao horário delas. Se a criança solicitar líquidos junto às refeições, preferir os sucos naturais.
Se mesmo com esses cuidados a criança estiver com anemia, fale com seu pediatra!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O que é Nefrologia Pediátrica?

Nefrologia Pediátrica é a especialidade clínica que atende às crianças com doenças do trato urinário. O trato urinário é composto, de uma forma simplificada, pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. As doenças do trato urinário podem se manifestar como infecções urinárias, aumento da pressão arterial, incontinência urinária ou dificuldade para urinar, eliminação de sangue ou perda de proteínas na urina, e até mesmo baixa estatura. A criança é encaminhada ao Nefrologista Pediátrico, pelo Pediatra ou pelo Neonatologista, quando apresenta algum exame alterado do trato urinário ou quando apresenta sinais e sintomas indicativos de alguma anormalidade. O Nefrologista Pediátrico, com as informações dadas pelos pais e com o exame físico da criança, auxiliado por exames laboratoriais e exames de imagem, pode estabelecer o diagnóstico e o tratamento. Conforme cada caso, esse tratamento é acompanhado de modificações do estilo de vida e de medidas preventivas.
Então, quando procurar o especialista em Nefrologia Pediátrica?

- se a criança vai ao banheiro a intervalos muito curtos e a todo o momento,
- se o jato do “xixi” é entrecortado e fraco,
- se o “xixi” produz espuma,
- se apresenta sangramento ou partículas visíveis na urina,
- se a criança teve infecções urinárias,
- se apresenta dor ou ardência ao fazer “xixi” mesmo após o tratamento de uma infecção urinária,
- se a criança tem pressão arterial elevada para a sua idade,
- se a criança tem um rim único,
- se a criança tem mielomeningocele, e
- se na família há antecedente de cistos nos rins ou doenças renais de transmissão hereditária.

Se os pais notarem essas alterações, devem levar a criança ao especialista em Nefrologia Pediátrica!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quando o Refluxo Gastroesofágico do bebê vira doença?

Refluxo Gastroesofágico (RGE) é a denominação dada para quando o conteúdo alimentar, que já está no estômago, retorna passivamente para o esôfago. Isso acontece naturalmente após uma refeição, com episódios de curta duração, por vezes culminando em regurgitações, sendo chamado Refluxo Gastroesofágico fisiológico.


Quando esses episódios ocorrem com maior frequência e duração aumentada, eles podem provocar regurgitações excessivas, vômitos, perda de peso e crises de tosse, determinando a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Esses sintomas são causados pelo contato frequente do conteúdo ácido, refluído do estômago, com o esôfago, através de um esfíncter esofágico inferior ainda imaturo nos bebês (veja ilustração).

Nos casos mais severos, nos bebês com poucas semanas de vida, a DRGE pode levar a emergências médicas como crises de apnéia (interrupção momentânea da respiração), bradicardia (lentificação transitória dos batimentos do coração) e cianose (estado em que há diminuição do oxigênio circulante, tornando a pele de coloração cinza-azulada). 


Por vezes, é difícil para os pais perceberem quando a regurgitação excessiva é um sinal de preocupação. Bebês saudáveis regurgitam normalmente nos primeiros meses de vida (mais de 60% entre 2 e 4 meses de idade), e gradativamente apresentam melhora espontânea com o crescimento, com apenas 5% deles mantendo a  regurgitação em torno de 1 ano de idade.  Por isso, não fique com duvidas, consulte seu pediatra!


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O que é Puericultura?

Derivado do latim puer, pueri, significa criança.  O termo puericultura foi utilizado pela primeira vez em um tratado escrito pelo suíço Jacques Ballexserd em 1762.  Após ser difundida na Europa como pratica médica, em meados de 1890 a puericultura chegou ao Brasil.

Então, de que trata a puericultura?
A puericultura é a área da pediatria que tem por objeto a atenção ao crescimento, desenvolvimento físico e motor, linguagem, afetividade e aprendizagem cognitiva. Ela não só avalia cada um desses aspectos, como também observa como a criança se utiliza deles para se relacionar com as pessoas a sua volta.
Com a puericultura é possível detectar problemas precocemente, estabelecer diagnóstico de falha ou atraso do desenvolvimento em áreas específicas e intervir positivamente diante das alterações que surgirem.

“Até meados do século retrasado, não era mais do que um conjunto de noções e técnicas sobre cuidados de higiene, nutrição e disciplina de crianças pequenas, que era passado de mãe para filha ao longo dos tempos; logo, repleto de mitos e tabus. Foi, então, apropriada pela pediatria, que tratou de transformá-la gradativamente em uma ciência verdadeira, com aplicações muito mais amplas e abrangência etária bem maior”. D Blank

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Onde está o meu Pediatra?

Quanto mais o pediatra conhece a criança e sua família, melhor e mais efetivo ele será.
É importante que esse vínculo seja estabelecido e que a criança tenha acesso ao pediatra quando surgirem imprevistos (afinal ninguém fica doente com hora marcada...). Mas para que isso aconteça duas coisas são necessárias:
Primeiro, que a criança seja levada às consultas de rotina.
Segundo, que pronto socorro seja um recurso apenas para situações de urgência e emergência.

Como responder no pronto socorro a perguntas como: "Dra, meu filho está com o peso adequado?" ou "Dra, devo colocá-lo na escolinha?". Certamente quem melhor responde essas perguntas não é aquele médico que está lá de plantão, e sim aquele que pode acompanhar no consultório o crescimento e desenvolvimento da criança ao longo do tempo. Aí está o seu pediatra!

"A mais poderosa tecnologia diagnóstica disponível para o pediatra é avaliação clínica: o processo de observar a criança, a tomada da história e a execução do exame físico." Paul L. McCarthy